Farol
Às vezes sinto que determinadas coisas me escapam das mãos. Tal como a sensação de agarrar um monte de areia que se vai escapando por entre os dedos.
Sei que a felicidade não cai do céu e nem sequer é uma constante. Todos caímos, todos choramos. E ainda bem, é sinal de que somos humanos.
Sempre lutei para ser pilar, abraço amigo, colo de conforto para os que me rodeiam. Mas às vezes as divirgências conseguem levar adiante o que não era suposto: a desilusão e medo. Às vezes luto para que tudo resulte, outras vezes o cansaço apodera-se de mim e atiro a toalha ao chão. É que isto da harmonia, tem que se lhe diga.
Sempre quis ser farol dos que me rodeiam, sempre quis estar presente e ser porto de abrigo, mas acho que estou num momento em que também eu preciso de um farol que me guie e me leve a bom porto.