Asas
Hoje, enquanto conduzia, passou no rádio aquela música do telefilme Amo-te Teresa.
Asas, dos GNR.
A música podia ter-me levado ao ano em que, ainda miudinha , com os meus 14 ou 15 anos, ficava embasbacada a apreciar o rabiosque do Diogo Morgado e tudo o resto que a ele pertence, mas não.
Enquanto ouvia a música, só me lembrava dos meus filhos.
Porque ele crescem e ganham as suas asas, a sua autonomia e ainda que muito novinhos, vão tomando as decisões deles, ainda que não passe para lá do boné que querem ou não levar à rua ou que brinquedo escolher. Porque vê-los crescer é maravilhoso e cortar-lhe as asas seria demasiado egoísta, demasiado cruel.
Todos nós nascemos para ganhar asas, para semear, para colher. A dada altura, privar alguém dessas asas, (só) porque se ama...seria tortura.
Sou uma pessoa de fé, e todos os dias rezo a Deus pelos meus filhos, peço para eles protecção. Que Deus me ajude a dar asas aos meus filhos e que com as minhas asas eu os proteja, guie e abrigue.
Que as asas de todos nós sejam sempre um porto de abrigo para alguém... ainda que doa.