Os pais dos PP´s e os PP´s apanharam uma grande carraspana (gripe) e andámos um pouco em baixo.
A bem dizer o pai dos PP´s ainda está em baixo (ou não fosse ele homem ).
Andei também um pouco apreenssiva, pois o P maior fez análises para saber se justificaria ser operado às amigdalas, mas felizmente não é preciso .
Mas vou contar-vos então o meu dia de ontem:
O P maior tinha consulta marcada no otorrino para mostrar o resultado das análises. Levantei-me cedo, levantei o P. Arranjámo-nos e antes de sair chamei o marido para se arranjar e ir para o trabalho. O homem levantou-se engripado e mal disposto, de modo que foi chamar o gregório logo de manhã. Enfim. O dia prometia.
Saí com o P maior, chegámos à clínica, o puto fugiu-me e andei a fazer atletismo atrás dele. Enfiei-lhe o telemóvel na mão e sossegou. Fomos chamados. Deu a volta ao consultório do médico e como tem estado febril pedi ao otorrino que lhe espreitasse a garganta. Assim o fez. Pauzinho na boca e amigdalite à vista. O P mete os pés no chão e vomita para cima da mãe (maravilha,não?! ). Viemos embora.
O pai dos PP´s ainda estava em pijama, branco e engripado. Tomou coragem, arranjou-se e foi trabalhar.
Comecei a dar o almoço ao P menor ( que é o melhor de nós todos ), embalei-o, adormeceu e fui dar o almoço ao P maior. O puto comeu bem, tinha a temperatura baixa e previa-se um almoço tranquilo. Aqui a "je" arranjou um diospiro para ele comer, ele atrapalhou-se com um fio daquela coisa e vomitou a cozinha... toda .
Lavei a cozinha e pensei ir almoçar... mas nisto o P menor acorda e decide querer só o meu colo . Almocei tarde e a más horas... mas a restante tarde correu tranquila.
Eram 17 horas, o marido chega a casa com quase 39 de febre, a vomitar e a tremer de frio. Não quis ir ao médico... mas foi hoje...
O P maior está melhor e já foi à escolinha, o P menor está constipadinho, mas sem febre, eu estou sem febre também, o marido é o que está pior...
Fomos ao Alentejo neste fim de semana. A minha mãe tinha o Presépio todo bonitinho junto a uma árvore de Natal simples, mas muito iluminada. Perguntei lhe se achava mesmo que a àrvore de Natal ficaria intacta com a presença dos PP´s. Respondeu-me que tinha essa esperança.
A minha mãe já tem idade para não ser tão igénua, correcto?
Comi pizza a meias com o P maior. Pronta a meter na boca a última garfada que supostamente me pertencia, oiço em alto e bom som: "É para o P, para o P e não digas que rebento..."
Seis da manhã. Os putos dormem mas eu acordo com a música que o vizinho do lado decide ouvir. É cedo, muito cedo e a música fatela, muito fatela. Levantei-me para tomar banho e quando terminei o banho a músia era a mesma: Note-se:
Escusado será dizer que o P maior acordou. O relógio marcava agora 6:30hr
Meti o puto na banheira, agora ao som do Tony Carreira e vá se lá saber porquê terminou com o "apita o combóio".
Arranjei o P maior e levei-o á escola.
Quando saí à rua vi o cú rabo do calceteiro que está a arranjar o passeio... literalmente assim:
Quando voltei, fui dar banho ao P menor e apercebi-me que o telefone do vizinho tocou. Fez se silêncio e de repente começo a ouvir: " foda.se possas, caralh*trabalho já te disse que não me ligues a perguntar essas coisas.Quando o vir dou lhe o recardo e mando o gajo bardamerda à fava."
Findo isto voltámos a ouvir o Tony Carreira... até agora.
Ontem, passei pela maternidade onde nasceram os PP´s.
Reparei nas recém mamãs e no seu encanto pelo rebento. Aquele brilho no olho de quem ainda não sabe que vai panicar assim que se vir em casa a sós com a cria. Que se vão borrar de medo à primeira febre e que vão morrer a cada engasgamento do puto. Gostava de dizer-lhes que no ínicio vão fazer cocó com muita frequência mas que devem ficar tranquilas porque está longe ser caganeira diarreia ( quandos os putos têm diarreia, percebe-se bem ).
Eu podia dizer-lhes que, certamente, compraram um monte de merdas tralha que faz tanta falta como a fome (falo por experiência própria) e também poderia mete-las a par das insónias e da raiva de não poderem dar uma mama ao marido para eles amamentarem e sentirem o bico da maminha a chiar.
Oh! Dava pano para mangas... Poderia falar dos bitaites das sogras e cunhadas e poderia também esclarecer que aquelas borbulhas que eles teimam ter são normais e que não vão mamar de três em três horas, mas quando lhes der na real gana, porque minhas queridas recém mamãs... assim que eles começarem a dar asos ao pulmão vão enfiar-lhe a mama na boca... acreditem em mim.
Os maridos vão reclamar que não dormem e que a mulher com quem casaram, afinal casou com o baby( mas eu juro, esta fase passa). Depois, vão borrar-se de medo e pensar que o puto vomitou e tem uma gastroentrite, mas afinal ele foi com ganas à bolacha e foi isso que o atrapalhou... mas enquanto esteve atrapalhado, já vocês têm cocó nas cuecas por pensarem que ele tinha a via aérea obstruida. ( dass, isto de ser mãe custa para valer ).
Poderia também falar que a privacidade se foi e que para fazer xixi ou cocó eles vão atrás para ver. Vão desejar que o marido chegue a casa para pelo menos poderem cagar fazer o número dois, tranquilas.
Depois, começam a gatinhar, a abrir gavetas e a bater com os tachos no chão, vão cair, fazer galos e ficar com a testa negra muitas vezes e a vossa mãe vai perguntar" Como deixaste que isso acontecesse ao meu netinho?" e vocês vão fazer de conta que não ouviram.
Depois vêm as amigdalites e tudo o que acaba em "ites" e sempre que eles tiverem, vocês vão ter também ( não desesperem, quando a coisa viral é caganeira diarreia, a coisa fica mesmo medonha.)
Nos entretantos, apercebem-se que para sair de casa são precisas três horas e que é preciso levar meia casa na mala, porque os putos são mijões e cagões onde quer que seja.
Posto isto, vão para o jardim de infância e vai doer-vos horrores, a mim pareceu-me que o estava a deixar às portas da guerra. Quando voltarem da escola vêm com tantas coisas para contar que só eles têm a palavra e à noite a meio da queca intimidade com o marido eles vão chamar-vos porque têm fome, frio... a maior parte das vezes querem mesmo é mimo. Vão aperceber-se que uma rapidinha com o maridão vai saber-vos pela vidinha e que a vida sexual nunca teve tão... como hei-de dizer... tão dependente deles.
Vão criar o primeiro filhote com toda a mariquice, vão ter uma fraldinha de pano para o cu rabinho, outra para a piloca e outra para as bolsadelas. Vão ter montes de bolsadelas, xixis em vossas roupas e o vosso marido vai dizer-vos que cheiram a azedo. Vão fazer perguntas à pediatra, das quais se vão envergonhar um dia mais tarde e ela vai responder-lhes pacientemente porque está preparada para isso.
Eu poderia dizer-lhes também que daqui a uns tempinhos querem que isto tudo se foda lixe e corajosamente vão engravidar outra vez!
Mas com o segundo filho já é sempre a abrir... já temos o mestrado da coisa...
Afinal isto de ser mamã... é uma tropa para as mulheres.