No que toca ao desenvolvimento cognitivo das crianças também.
Espanta-me, viver num mundo tão tabelado e cheio de " parâmetros", que actualmente, os meninos que sabem de menos, tem de ser acompanhados e os que sabem demais para a idade, também devem ser acompanhados. Ok.Compreeendo que deve haver um motivo para aqueles miúdos que estão cognitivamente fora dos parâmetros serem acompanhados. Mas o que me deixa parva é quando me dizem: " A sociedade não está preparada, nem para os que sabem de menos, nem para os que sabem demais"
E eu pergunto-me quem estará cognitivamente fora dos parâmetros, se as crianças, se a sociedade.
Era uma vez um mundo, que há anos atrás tinha como princípios o respeito pelo outro e dignidade própria. Vá lá entender-se porquê o dinheiro, o sexo e todas as maquinetas demasiado avançadas apoderaram se disto tudo e fritou o miolo humano. Então as pessoas começaram a trocar a coisa e sem darem conta andam pela rua de telélé na mão sem se aperceberem que atravessam a estrada e que nem vão na passadeira, que o tablet faz parte do talher que vai para a mesa e que hoje já não se joga ao elástico, mas tratam se animais numa quinta virtual.
Vai daí os valores estão tão trocados, que hoje um homem de H grande tem resmas de mulheres e não respeita a que tem em casa, hoje já não se fazem jantarzinhos romanticos. Hoje janta-se num fast food e acaba-se numa cama de hotel. Porque o sexo é tão mais importante que o amor de verdade... e depois temos de gramar os dilemas partidários sobre dar ou não preservativos nas escolas.
Para completar a cena até os próprios ladrões em vez de se organizarem e assaltarem pessoas que lhes possam ser de igual para igual, ( perdoem a hironia) assaltam velhinhas indefesas para lhes gamarem a reforma que por si só, já é uma miséria.
Ai ai saudades do tempo em que a minha mãe me gritava para jantar e eu ficava na rua até ela me ir buscar de chinelo na mão, saudades do " casamento é coisa séria" e "não se mexe no que não é nosso"
Enfim, saudades do tempo em que brigar na escola era o nosso maior flagelo.